sábado, 30 de outubro de 2010

Eu, minha cidade e minha sensibilidade.

Rio de Janeiro,
entardecer, Leblon, engarrafamento.
Escrevo de trás pra frente tais sentimentos,
que movem lágrimas
dos olhos para o rosto,
e são despertos pela poesia na bolha de plástico.

domingo, 5 de setembro de 2010

Sobre a nossa noite

Escrevo-lhe estas palavras afáveis e suaves pois de ti sinto saudades.
Saudades que doem e deixam-me aos pedaços.
Pedaços que insistem em encaixar-se apenas na tua presença.
Longe somos pedaços, peças incompletas. Mas sei que posso, então, juntar nossas peças como um quebra-cabeça.
Peça por peça, delicadamente.
Um encaixe perfeito.
E, numa noite estrelada de verão, enfim seremos um.

Olhe para a Lua, admire as estrelas. Lembra-se ?
Eu jamais esquecerei.

(Em 9 de janeiro de 2010)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sobre você em mim.

E me veio como uma brisa numa tarde de primavera, acariciando meu rosto suavemente.
E ficou. Veio para isso.
Se irá um dia ? Não sei responder.
Mas se for, deixará uma dor latente, porque latente é o que há aqui, agora.

Então não vá.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Promessas ao vento II

[...]
B: E depois de tudo, você vai continuar me ligando toda noite antes de dormir ?
A: Não posso ?
B: Deve.
A: Gosto de ouvir sua voz antes de dormir.
B: Preciso do seu boa noite.
A: Então...
B: Não, isso não muda nada.
A: Eu sei que ainda não acabou.
B: Boa noite.
A: Sonha comigo.

''Não estou ao seu lado, mas posso sonhar. ''

terça-feira, 4 de maio de 2010

Promessas ao vento

Do mar, o vento soprava forte. Uma lua quase cheia cintilava alta, rodeada por milhões de estrelas em um céu límpido de outono.

A: - Promete ... ?

[ Lágrimas. ]

A: - Por favor, me promete ?
B: - Tá, prometo.
[ Lágrimas, abraço. ]

A: - Me promete outra coisa ... ?

[ Olhos nos olhos, mais lágrimas. ]

B pensa : ''Como se isso fosse possível !''

[ Olhos nos olhos, silêncio atordoante, mais lágrimas. ]

A: - Promete, promete ?
B: - Prometo. ( Fraco e falso. )


Minutos depois:
A: - Promete mesmo ... ?
B: - Pára de me fazer prometer coisas que não cumprirei nem à mim mesma !

E a noite acaba.

'
'Algo me diz que perdemos algo. Pode ser que não seja nada demais. Pode ser que seja a coisa mais importante do mundo. Não faz diferença.''

sábado, 17 de abril de 2010

17 de Abril de 2010


Desejo tudo de mais esplêndido que a vida possa te oferecer, desejo todas as bênçãos possíveis sobre a tua vida, desejo que você conheça o mundo inteiro, faça amigos maravilhosos, tenha uma profissão ótima e seja feliz com ela, desejo que forme uma família linda e que eu seja madrinha do teu casamento e dos teus filhos. Enfim, desejo que a tua vida seja plena em tudo, não só hoje no teu dia, como em todos os dias da tua vida.

Mas, o meu maior desejo hoje e sempre é que continuemos amigas até o fim das nossas vidas, como somos hoje.

Parabéns ! E que o dia de hoje seja bem melhor do que suas expectativas.
Eu amo você.



segunda-feira, 12 de abril de 2010

Eu não sei amar.

Eu sou um vírus. Não me discrimine por isso, por favor, não escolhi isso, é minha natureza. Em meu peito também batia um coração.
Sim, batia. Arranquei-o de lá e joguei-o fora. Do que me vale um coração, se eu não sei amar ?!
Quando me apaixono por alguém, me entrego por inteiro, a todo instante. E o quero também por inteiro. Exijo isso. Chego ao ponto de parasitá-lo por medo de perder.
Isso faz parte da minha natureza, é involuntário.
Mas, claro, isso faz mal. Não à mim, mas a quem parasito.
E quando percebo é tarde demais.
Só me resta, então, seguir com minha vida parasitária, maléfica e inútil de vírus.
Sigo de alguém em alguém, deixando, sem querer, sem perceber, todos doentes. E sem saber como proceder para não mais machucar aqueles que amo.
Afinal, eu sou um vírus e não sei amar.

Escrevi esse texto após assistir uma sessão de curtas do Anima Mundi, em 17 de julho de 2008, e é inspirado em um dos curtas do festival.

O Amor não é nada.

''A coisa mais importante do mundo, não é nada demais.

Você acha que o amor é tudo na vida e, de repente, vê que não sabe nadar.

É, você não sabe nadar. E se o avião cair no mar? O amor vai te salvar? Não, a natação vai te salvar. E se você escorregar na piscina? E se o barco afundar? E se um tsunami atingir a tua praia?''


Mais : http://foradaminhatv.wordpress.com/

segunda-feira, 15 de março de 2010

Chuva, escuridão, vento e lágrimas

E então, o céu escureceu e a menina chorou.
Fosse por não ter seus sentimentos compreendidos ou por não poder admirar as estrelas na noite em que mais precisava de seu brilho.
Na escuridão, tendo por companhia apenas o vento e a chuva, pensou em tudo que lhe aconteceu no dia anterior e deixou que as lágrimas molhassem cada vez mais seu rosto.
Pensou e tentou entender por que as pessoas procuram tanto por algo e quando encontram, sentem medo e não dão o devido valor.
Pensou e chorou. Chorou e pensou. E não obteve resposta.
Um dia o sol brilhará novamente no céu, mas a menina não terá a dádiva de sentí-lo.
Provavelmente estará bem longe daqui.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Eu gosto de você !

Não é fácil gostar das pessoas. Nunca foi tão fácil pra mim. Mas não entendo o que há agora, é tão fácil gostar de você.
E não consigo visualizar um motivo que justifique tal fato.
Eu simplesmente, naturalmente gosto de você. E muito. E fácil.
Meu Deus, eu gosto de você ! E como eu gosto de você !
É provável que eu até o ame. Mas isso é muito sério e forte para ser dito assim, prefiro não arriscar.
Mas haverá uma hora que eu terei certeza plena e absoluta, então direi. Ou não.
Direi, porém sem esperar algo em troca. Porque nada é uma obrigação. Principalmente quando se trata de sentimentos.


''Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder, deixo assim ficar subentendido.''

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sobre as Palavras

Palavras nunca são só palavras. Pra mim, pelo menos.
São expressão de emoções, sentimentos, pensamentos ou até um desabafo.
Quando escritas, materializam tais sentimentos, que sempre são sentidos por quem as lê, porém nunca da mesma forma.
Palavras são vivas porque têm o poder de descrever histórias, através das frases e textos formados.
Eu nunca paro pra pensar antes de escrever, e jamais escrevo porque quero.
Escrevo porque sinto. E sinto tanto que não consigo conter, então meus sentimentos transbordam para o papel.
E tudo isso ocorre de forma natural e expontânea.
Simplesmente encosto a caneta no papel. E acontece o texto. Espantoso, não ?
Até pra mim, acredite.
Chego à conclusão que à mim cabe apenas segurar a caneta e guiá-la sobre o papel, dando liberdade ao que sinto em forma de palavras.