segunda-feira, 26 de outubro de 2009

De real, basta o mundo.

Eu não preciso dormir pra sonhar. Na verdade não preciso nem fechar os meus olhos pra entrar no mundo do imaginário.
A realidade dói tanto que já ficou fácil abstrair.
O mundo dos meus sonhos é fácil, leve, agradável.
Agora mesmo, eu estou aqui sozinha, escrevendo, mas sonho que há alguém bem ao meu lado, sorrindo e afagando meu cabelo desgrenhado pelo vento, e me apoiando incondicionalmente.
Mas eu sempre tenho que voltar à realidade.
E volto pra perceber que estou mesmo sozinha. E esse alguém que sonhei que estava ao meu lado está longe, num lugar onde eu não posso ir, sorrindo e afagando o cabelo ao vento de outro alguém.
Como eu disse: a realidade dói.
Às vezes, eu também sonho que estou em outros lugares, bem diferentes desses onde eu costumo estar. E, nesses lugares, as pessoas não tem medo de se entregar ao desconhecido, de falar o que exatamente pensam, de ser realmente quem são.
Talvez seja só um sonho meu de viver em um mundo onde as pessoas não sentem medo de amar e ser feliz sem restrições.
Pode ser idiotice, mas eu vou continuar sonhando acordada. Sozinha ou em meio à multidão. Porque isso já nasceu comigo e vai permanecer pra sempre.