sábado, 19 de dezembro de 2009

Sobre o gosto.

Gosto do movimento e da mudança. Não suporto o estático.
Gosto do novo, mas prefiro o antigo.
Não gosto da realidade e muito menos da ilusão.
Gosto do surreal e do que me faz sonhar, do que faz meu coração pular no peito e me faz sentir as tais borboletas no estômago.
Gosto do simples e do abstrato. Do singelo, mas não delicado.
Gosto de artes, cinema, música e livros. E ODEIO novela.
Gosto do natural e da natureza. Gosto do mar e das ondas. Amo as montanhas, o verde, o canto dos pássaros e meus cabelos ao vento.
Gosto do frio, do inverno, mas não contenho um sorriso ao ver o céu azul de um dia de verão.
Gosto do Rock e do Samba.
Gosto do silêncio, mas não vivo sem barulho. Confesso: o caos me seduz.
O silêncio me acalma, me traz paz.
Gosto dos sentimentos expontâneos, do abraço apertado, da opinião sincera e do sorriso franco.
Gosto dos meus verdadeiros meus, porque nunca se vão, mesmo que pareçam ou estejam distantes.
Gosto da beleza, mas prefiro inteligência. Gosto do sarcasmo e odeio hipocrisia.
Prefiro sempre a verdade, mesmo que doa.
Gosto do improviso e do imprevisível. Rotina e monotonia me tiram do sério.
Gosto de coisas que nem sei que gosto.
Gosto de coisas que não lembro.
Mas eu sou o que gosto. E gosto do que sou.
Goste você ou não.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

De real, basta o mundo.

Eu não preciso dormir pra sonhar. Na verdade não preciso nem fechar os meus olhos pra entrar no mundo do imaginário.
A realidade dói tanto que já ficou fácil abstrair.
O mundo dos meus sonhos é fácil, leve, agradável.
Agora mesmo, eu estou aqui sozinha, escrevendo, mas sonho que há alguém bem ao meu lado, sorrindo e afagando meu cabelo desgrenhado pelo vento, e me apoiando incondicionalmente.
Mas eu sempre tenho que voltar à realidade.
E volto pra perceber que estou mesmo sozinha. E esse alguém que sonhei que estava ao meu lado está longe, num lugar onde eu não posso ir, sorrindo e afagando o cabelo ao vento de outro alguém.
Como eu disse: a realidade dói.
Às vezes, eu também sonho que estou em outros lugares, bem diferentes desses onde eu costumo estar. E, nesses lugares, as pessoas não tem medo de se entregar ao desconhecido, de falar o que exatamente pensam, de ser realmente quem são.
Talvez seja só um sonho meu de viver em um mundo onde as pessoas não sentem medo de amar e ser feliz sem restrições.
Pode ser idiotice, mas eu vou continuar sonhando acordada. Sozinha ou em meio à multidão. Porque isso já nasceu comigo e vai permanecer pra sempre.

sábado, 26 de setembro de 2009

A ilusão de achar

Esse teu olhar aparentemente tímido, mas que descobri ser cheio de más intenções, me fez prisioneira de uma ilusão. De uma doce e bela ilusão.
A ilusão?
Achei realmente que me querias, que me desejavas tanto quanto eu te desejava.
Achei que um dia estaria junto a ti.
Achei que um dia estaria meu olhar tão perto do teu olhar que eles se fundiriam num infinito de sensações inigualáveis.
Achei que um dia nossos corpos estariam tão juntos num abraço que o som das batidas do teu coração se confundiria com o som das batidas do meu.
Achei que um dia nossas bocas pudessem se unir num beijo que nos fizesse perder o fôlego.
Achei que um dia me querias.
Achei que um dia pudéssemos estar juntos e isso nos faria felizes.
Achei. Simplesmente achei.
E achei por culpa do teu olhar.

''I want you now. Give me your heart and your soul.''